terça-feira, 24 de março de 2009

Presidente da JSB/TOCANTINS contesta!

Nota em Resposta as ultimas declarações dos líderes estudantis Tocantinenses



A juventude sempre foi sinônimo de luta no Tocantins, seja pautando o Estado através de reinvidicações próprias e reagindo a implementação ou ausência de determinadas políticas, essas intervenções ficam mais marcantes ainda, quando nos remetemos ao movimento estudantil, onde os estudantes, juntamente com diversos outros movimentos e organizações juvenis existentes no estado fazem emergir inúmeras lutas e iniciativas obtendo resultados históricos como a criação da Universidade Federal do Tocantins, a não redução da área de preservação permanente do Cantão, ampliação de bolsas e financiamento a estudantes necessitados, além da criação das casas do estudante, todos esses resultados foram fruto de muita luta das entidades estudantis existentes no estado,por esses motivos me estranha muito a postura dos atuais lideres estudantis de meu estado, considero isso como um leviano esquecimento por parte dos companheiros.
Há três anos atrás o movimento estudantil de forma organizada enfrentou problemas na sua condução no que tange a sua autonomia e financiamento de seus trabalhos, os estudantes secundaristas não esqueceram o projeto Grêmio Livre, no qual a secretaria distribuiu carteiras de estudante de graça em toda rede de ensino publico apenas no ano eleitoral deixando um saldo negativo de 60 Uniões Municipais estudantis desativadas, entidades que promoviam a luta em defesa da educação Tocantinense de forma autônoma, através dos recursos que as carteiras de estudante geravam, outros projetos de assistência estudantil considerados de extrema importância na época para os universitários Tocantinenses como a casa do estudante e o programa Bolsa Universitária, devido a não discussão da forma de implementação do projeto com as entidades estudantis, houve uma formulação equivocada em seu regimento no que diz respeito à seleção e ocupação dos estudantes contemplados pelo projeto, o que resultou em vários reclamações por parte dos estudantes no Ministério Público e messes de casas esvaziadas , além da não entrega das casa de Gurupi devido a distinção de cor partidária por parte do Governo estadual o que só prejudica os estudantes daquela cidade,é importante lembrar que o espelho de qualquer pasta da administração pública são seus Conselhos Estaduais, por incrível que pareça o Conselho Estadual de Juventude está desativado a mais de três anos o que significa que vários segmentos juvenis existentes no estado como o movimento Hip-Hop, Evangélico, Jovem Rural, jovens sindicalistas e estudantes há anos não tem a oportunidade de acumular força para construção através de pautas únicas de políticas públicas para a Juventude se acontecesse ai sim teríamos realizado uma Conferencia Estadual de Juventude pautada no dialogo sobre a realidade da juventude e não mais um palanque para shows milionários e festividades que não resolve o problema dos jovens Tocantinenses, com todos esses acontecimentos e a forte veiculação na imprensa de um falso “DIALOGO e PARTICIPAÇÂO” do segmento nas políticas da pasta, ou será que os companheiros de luta se esqueceram das ausências do Secretário nas audiências publicas convocadas pela comissão estadual de políticas publicas de juventude da assembléia legislativa.
Não podemos esquecer um decreto assinado em 2006 pelo Governo Estadual, decretando o ano como o ano da juventude, nessa ocasião doze milhões de reais foram investidos pelo governo na Secretária de Juventude passados esses três anos observa-se que estas ações foram investimentos apenas simbólicos para os jovens Tocantinenses, a decisão política daquele decreto agora pode ser resumida através dos dados eleitorais, que colocou a juventude como maior eleitorado do estado na eleição de 2006, e acabou se tornando uma grande massa de manobra, as mostras dessa fracassada trajetória se deu com o lançamento do projeto perfil da juventude, pesquisa que apontou os rumos das políticas implantadas pela pasta para os estudantes do estado, vários dados foram publicados a respeito dessa “pesquisa” mas até hoje as entidades estudantis procuram saber como os universitários foram entrevistados e como seus problemas foram estudados já que seus representantes não opinaram de forma alguma na construção desta pesquisa ou será que foi os estudantes que reivindicaram o cursinho cidadão, programa no qual milhões foram gastos em cursinhos pré – vestibulares informatizados para um público que ainda tem dificuldade para utilização dessa ferramenta e onde acadêmicos que poderiam estar nas salas de aula são substituídos por computadores?
A União Estadual dos Estudantes em 2007 cobrou de forma veemente através de ofícios e notas públicas veiculadas nos principais veículos de comunicação do estado a tão sonhada gratuidade da UNITINS, prometida nos palanques de dois mil e seis e que hoje passa por profundas dificuldades no MEC por cobrar mensalidades mesmo sendo de caráter público, por esses últimos acontecimentos conclamo todos os líderes estudantis a fazer a discussão do que a juventude Tocantinense realmente precisa.
Todos nós, incluindo os partidos políticos, precisamos amadurecer sim e apostar no sucesso, mas para isso é preciso refletir sobre o passado para que os erros não continuem ocorrendo e a juventude não seja novamente amordaçada, dessa forma sim teremos um governo democrático e participativo de fato e de direito.

Fabrício Machado Silva

Diretor de Meio ambiente da UNE e Ex presidente da UEE - TO
Secretário Nacional de Movimento Estudantil do PSB

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